sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Aplicando as Tipologias


Atividade DTD – análise tipológica por Duranti

ATENÇÃO !!!  FORAM FEITAS ALTERAÇÕES NESTA POSTAGEM

Boa tarde, pessoal. Fizemos várias modificações nesta atividade, para  que a análise  se adequasse melhor ao que é proposto por Duranti. Esperamos que com essas modificações a análise tenha ficado mais completa. 

Séries documentais analisadas:

1.   Pedidos de viagens (declaração eximindo a empresa de qualquer responsabilidade)
2.  Tabelas de Preços/Custos  (para implante de memória, variando conforme a viagem escolhida)
3.    Notas fiscais
4.    Fichas funcionais
5.    Panfletos publicitários

Observação: Imagens, foram encontradas na gaveta de um dos funcionários, por esse motivo não serão analisadas.


Elementos externos da forma documental, tal como identificados pela diplomática:
Suporte:

  •          Material: papel
  •      Formato: papel A4 ( ficha funcional e prospecto); meia folha de papel A4 ( imagem, pedido de viagem, tabela de preços, nota fiscal)
  •   Preparação para receber o documento: Formulário a ser preenchido, ficha a ser preenchida, tabela a ser preenchida.


Escrita:

  • Disposição, paginação, formatação: Formulário a ser preenchido, com campos a      serem marcados por escolha do usuário; campos a serem preenchidos com informações pessoais. Possui caixas de marcar.
  • Tipo de escrita: Escrita Informal, letra de forma escritor pelo editor de texto –          digitado; e informações pessoas preenchidas manualmente (nome,  endereço,            assinatura, telefone)
  •   Diferentes mãos, máquinas ou tintas: impresso e datilografado à tinta, manuscrito
  •    Divisão de parágrafos: não há divisão de parágrafos
  •    Pontuação: Normas da língua portuguesa, vírgulas, dois pontos, ponto.
  •    Abreviatura e iniciais: Há abreviaturas e iniciais, por exemplo: SP ( São Paulo); RJ     ( Rio de Janeiro); UF ( Unidade da Federação); Av. (Avenida); ap. ( apartamento);     PR (Paraná); RG ( Registro Geral); Nº ( número); R. (Rua); S. Paulo (São Paulo)
  •     Rasuras e Correções: Rasura na Nota Fiscal de Maria do Ingá
  •     Software de computador: Editor de textual e planilha
  •      Fórmulas:  na Tabela de Preços ( soma)

Linguagem:

  •          Vocabulário: Normal culta brasileira. Declaração de
  •   Composição: Palavras, logomarca, foto 3x4, imagens, assinatura, símbolos, numeração, checkbox.
  •          Estilo: formulário para preenchimento, ficha para preenchimento, tabelas,


Sinais especiais:

  •         Sinais do escritor e firmantes:  O pedido possui assinatura do requerente.
  •          Sinais de chancelarias e escritório: Timbre da empresa.


Carimbo:

  •          Material: não há
  •          Forma e tamanho: não há
  •          Tipologia: não há
  •          Legenda ou inscrição: não há
  •          Método de fixação: não há


Anotações em:
  •          Fase de execução:

§  Autenticação: Timbre (logomarca, CNPJ),
§  Registro: Ficha Funional possui número de registro sequencial; Nota Fiscal possui numeração sequencial.

  •          Fase de Gestão/Manejo:

§  Sinais junto a textos anteriores: Os documentos fazem referência entre si. O pedido se refere  ao tipo de viagem escolhida; a Tabela de Preços faz referência ao tipo de vigem; A nota fiscal faz referência a viagem escolhido e o Panfleto faz referência ao tipo de viagem.
§  Ou sinais posteriores às ações: não possui
§  Data de audiência ou leitura: não possui
§  Notas de transmissão: não possui
§  Disposição: formulários, fichas (tabelas); panfletos; esboços
§  Assunto: não possui
§  “Urgente”: não possui
§  “Continua”: não possui

·         Fase de Administração:

§  Número de registro: Ficha Funcional possui número de registro; Nota fiscal possui número sequencial.
§  Número de Classificação: não possui
§  Referências cruzadas: Apesar de haver referências em si, os documentos se inter-relacionam.
§  Identificadores arquivísticos:

Elementos internos da forma documental
  •          Protocolo:

§  Intitulado: não possui
§  Título: Pedido; Tabela de Preço, Ficha Funcional, Nota Fiscal, Tabela de Preços
§  Data: O Pedido possui data de declaração de acordo aos termos e a Tabela de Preços possui data de início da validade do preços.
§  Invocácion/ Tratamento:não possui
§  Saudação: não possui
§  Assunto: não possui
§  Formula Perpetuitatis: não possui
§  Apreciação:não possui
  •          Texto

§  Preâmbulo: Os documentos não possuem preâmbulo, apenas possui timbre
§  Notificação: não possui
§  Exposição: não possui
§  Disposição: documentos em tabela, formulário, ficha.
§  Cláusulas Finais: O Pedido possui declaração de acordo aos termos e assinatura.

  •          Escatocolo:

§  Corroboração: O Pedido possui assinatura de acordo aos termos
§  Data: Pedido possui data de indicação da assinatura do Pedido
§  Apreciação: não há apreciação
§  Saudação: não há saudação
§  Cláusulas Complementares: não possui claúsulas complementares
§  Atestado: não possui atestado
§  Certificação de Firma:  não possui certificação
§  Notas da Secretaria: não possui notas de secretaria

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Documento Misterioso ?.?.?




A 1ª geração de computadores (1940-1952) foram os computadores constituídos de válvulas eletrônicas, as quais queimavam com facilidade. Além disso, eles eram grandes e lentos. Nessa época, os computadores eram utilizados apenas no meio científico, nos grandes centros de pesquisa, e a única maneira de inserir informação nos computadores era utilizando cartões perfurados, sendo que a linguagem utilizada era a linguagem de máquina.

Os cartões perfurados eram periféricos de entrada e saída, semelhante hoje a um teclado (periférico de entrada de informações) e uma impressora (periférico de saída), pois esses cartões eram utilizados para inserir dados e também para receber.

Os cartões eram lidos por essa máquina de tear de Jacquard da seguinte forma:
  1. Após perfurar os cartões, eles eram colocados sobre um recipiente com mercúrio;
  2. A máquina, que continha pinos no lugar dos pontos, descia sobre o cartão;
  3. O pino atingia o mercúrio no local onde estava perfurado;
  4. Assim, era enviado um impulso elétrico para contagem dos cartões.   
Esses cartões também eram utilizados como “cartões de memória”, o que condiz com o que o professor falou em sala de aula: esse cartão é chamado de avô do pen drive. Dessa forma, ele era utilizado para salvar programas de computadores na linguagem binária (que utiliza apenas 0, sem perfuração e 1, no qual o cartão era perfurado) e quando o programador quisesse reutilizar o programa bastava ler o cartão novamente.

Nos anos 70 a Loteria da Caixa também utilizava esses cartões perfurados.



Fontes: https://coringaalacarte.wordpress.com/tag/perfurado
http://www.techtudo.com.br/platb/desenvolvimento/2011/06/20/historia-da-programacao-como-tudo-comecou

Respondendo as perguntas...

- Qual a espécie documental?
Ata.

- Este documento é autêntico?
Este documento pode ser considerado autêntico, pois ele a princípio passou pelos trâmites normais de sua emissão (foi confeccionado pela IBM, no papel de cartão perfurado, do tamanho correto), ou seja, podemos considerar que ele foi emitido por quem tem a competência para emiti-lo, além disso, ele é, quem ele diz ser, porque no caso ele está sendo usado como um dispositivo de armazenamento, em sala de aula o professor falou que ele continha um documento (ata).

- Quais seus sinais de validação?
Nome da marca IBM impresso no cartão seguido de  um número no canto esquerdo inferior, a disposição crescente dos números, a disposição das linhas (linhas de 0, 1 até 9 e última linha com números crescente de 1 a 80), outra numeração no canto esquerdo superior seguida da escrita "BIBLIOGRAFIA BRASILEIRA", os furos (representa que esse cartão foi utilizado, diferente do cartão virgem).


          

- Qual o seu formato?
Formato de cartão perfurado.

- É documento de Arquivo? Se sim, qual arquivo? Se não, por que não?
Pode ser que o cartão faça parte do arquivo pessoal do professor André e que o motivo do professor ter guardado o cartão seja para utilização em sala de aula. Dessa forma o cartão poderia ser considerado um documento do professor André, e poderia ser considerado documento de arquivo, se fosse utilizado como elemento de prova das atividades do professor André.

Para esclarecer nossas dúvidas, Professor André, gostaria que o senhor respondesse as seguintes perguntas para podermos afirmar se esse documento é ou não é um documento de arquivo:
a) O cartão perfurado pertence ao senhor ou ele pertence a outra pessoa?
b) Qual é o motivo que levou o senhor a guardar esses cartões?
c) Esse cartão tem valor de prova para o senhor?
d) O valor de prova, se houver, está relacionado com as atividades que o senhor exerce?

Ressaltamos que as respostas desses questionamentos são necessárias para podermos afirmar com propriedade se esse documento é ou não documento de arquivo.



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Duplicidade e Espionagem

ATENÇÃO, ESTE POST FOI ATUALIZADO!
   

Após assistirmos o filme mais uma vez e de acordo com a crítica construtiva do professor André, resolvemos refazer a análise acerca da fórmula e do cartão de visita. 

Na última aula, assistimos ao filme Duplicity e nos foi proposto que identificássemos três documentos que tenham aparecido, para então analisá-los de acordo com o que estamos estudando na disciplina de DTD.


   Obs: Julia Roberts também é uma das Meninas de Diplomática
 e está a passeio em Hollywood.


Os documentos identificados foram:
(1) Permissão de acesso e registro de entrada por meio da utilização da identificação biométrica (digital)
(2) Fórmula secreta (possível cura para a calvície)
(3)Cartão de visita

As questões que norteiam a análise são:
- Qual o contexto que estes documentos estão inseridos?
- Quais os seus sinais de validação?
- Os documentos são autênticos? Justifique e explane sobre.
- Os documentos são verídicos? Justifique e explane sobre.


(1) Permissão de acesso e registro de entrada por meio da utilização da biometria (digital)

Contexto: A personagem principal do filme Duplicity, Claire Stenwick (papel interpretado pela atriz Julia Roberts), ao entrar numa sala em seu serviço, utiliza a digital para se identificar. O aparelho biométrico registra a entrada da personagem e esse registro comprova que ela esteve naquele local e naquele momento (dia e hora) e, além disso, confirma que ela estava autorizada a entrar, apesar da entrada ser restrita.

Sinais de validação: A digital possui vários sinais de validação, e por esse motivo seria praticamente impossível falsificar uma digital, a digital registrada é comparada com as digitais do banco de dados e no caso de compatibilidade, o acesso é permitido, caso contrário, isso não aconteceria. Para comparação das digitais são utilizados métodos científicos datiloscópicos e esse processo é considerado seguro para identificação de uma pessoa, pois a digital é perene e única, isto é, não se perde e, além disso, assume uma relação do tipo um pra um, uma digital identifica uma única pessoa e vice-versa.


Autêntico e verídico: A personagem apesar de ser uma pessoa infiltrada (espiã), realmente fazia parte do quadro de pessoal da empresa, ela passou por todo processo seletivo para poder entrar na empresa (Burkett Randle) e era funcionária do local e a sua digital foi cadastrada no sistema e fazia parte do banco de digitais, por esse motivo aquele registro é considerado autêntico. Entretanto não pode ser considerado verídico, pois a Claire não é quem ela diz ser, na verdade ela é uma espiã e trabalha mesmo para outra empresa (a concorrente da Burkett Randle).
____________________________________________________________________________________________

(2) Fórmula secreta ( possível cura da calvície)

Contexto: A fórmula pela qual as duas empresas rivais "brigam", seria um shampoo enriquecido com Partizonol, que faz o cabelo crescer, representando a cura para a calvície. Claire consegue pegar a fórmula num dado momento, dentro da Burket & Randle, faz uma cópia para si ( com intuito de vender antes de uma das duas empresas)e a passa para a empresa rival,Equikrom, que acha ter em mãos a cura para a calvície. Porém, essa fórmula obtida por Claire, representa, na verdade, apenas uma loção facial comum. Isso porque, de forma proposital,o dono da Burket & Randle fez com que essa fórmula chegasse ate sua rival para que anunciassem a descoberta da cura pra calvície,enquanto na verdade não existe fórmula nenhuma. Acabando assim, com a moral e a imagem da Equikrom e passando a ser líder de mercado. Assim podemos ver que a fórmula, junto com a carta e com vários outros documentos foram usados desde o ínicio, pela Burket & Randle, para enganar e manipular a Equikrom. Tudo não passou de uma armadilha desde o começo.


Sinais de Validação:o desenho que representa uma fórmula- sua estrutura química.












Autêntico e verídico:  A fórmula é autêntica e verídica. Autêntica pois, apesar de ter sido usada com intenção de enganar a empresa Equikrom, realmente representa a fórmula de um produto, no caso, uma loção facial comum. E verídica pois apesar de os personagens de Claire, Ray e a empresa Equikrom acharem se tratar de uma fórmula para a cura da calvície, quando na verdade não é, passa uma informação correta, verdadeira ( fórmula de uma loção facial).
____________________________________________________________________



(3) cartão de visita

Contexto:  Ray precisa entrar na Burket & Randle para conseguir os históricos de viagens do seu dono, parte do plano para tentar conseguir a fórmula secreta. Para isso ele se disfarça e consegue fazer com que uma funcionária da empresa o leve até lá. Essa funcionária conhece Ray num bar e comenta que há uma cidade cujo nome foi dado em homenagem à  sua família e para comprovar, mostra seu cartão de visita. O cartão, que estampa a logo da Burket & Rabdle , também mostra outros dados que confirmam para Ray que aquela funcionária em questão seria a pessoa certa para o levar até a empresa.

Sinais de validação: : Logo e endereço da empresa, nome, cargo e setor no qual trabalha na empresa, telefone.






Autêntico e verídico:  O cartão é autêntico e verídico. Autêntico pois possui vários sinais de validação e verídico porque representa informações verdadeiras, que servem como prova de que a Bárbara realmente trabalha naquela empresa, naquele cargo, naquele setor...




Criando Conceitos

Fonte: http://desaforos.com/2015/07/21/solteiros-e-casados

     As linhas papilares são perenes, pois: "O que se sabe é que desde o 6º mês de vida intrauterina já existem definitivamente dispostas as cristas, isto é, as figuras papilares, tais como ficarão toda a vida e só desaparecem, quando o corpo humano, já em adiantado estado de putrefação, entra em decomposição.

     No decurso da vida, não nasce nenhuma papila nova nem desaparece nenhuma das anteriores. Até queimaduras e incisões não são suficientes para alterá-las a ponto de impedir a sua identificação. Essas papilas dérmicas são únicas, pois, não existem duas impressões idênticas. As impressões digitais não são iguais nem em gêmeos univitelinos, que possuem inclusive o mesmo perfil genético."

    Da mesma forma, são os documentos, únicos e dotados de autenticidade em função do seu contexto. Somente a informação contida no documento não deve ser levada em consideração para identificá-lo em um conjunto documental, mas sim, devemos levar em consideração o seu contexto, ou seja, o que não é dito (de forma explícita). Assim como as digitais apenas como linhas tortas em uma forma definida não vão dizer nada, a não ser quando direcionadas em seu contexto, ou seja, quando colocadas para substituir, identificar e representar informações de um indivíduo específico. Diante disso, a característica da unicidade relaciona-se com a atividade que o gerou, inserida num contexto, tornando esse documento único, assim como, a digital, a qual reflete quem é a pessoa que a detém e que a preservará por toda sua vida (e dizem por aí que além dela também).

Fonte: Livro: “IDENTIFICAÇÃO E DATILOSCOPIA”, 1ª Edição de 1981, da Chefia do Serviço de Identificação do Exército – Sv Idt Ex (3ª Parte = IMPRESSÕES DIGITAIS, páginas 125 a 179).

Arquivando Novos Documentos

           O tema escolhido pelo grupo, como antes já descrito em uma atividade recente feita aqui no blog, é "curioso" e ao mesmo tempo um grande desafio, já que a biometria digital, apesar de se tornar sinal de validação de documentos, não é propriamente documento de arquivo convencional. A grande questão e proposta do grupo é apresentar a ideia de que as digitais, por inúmeros motivos, poderão se tornar uma fonte de informação de grande valor, inerentemente autêntico e que cada vez mais, é utilizado, tendo como consequência o abandono de cartões, senhas, dados e códigos, se tornando um elemento tão único em termos biológicos, quanto arquivísticos. 

Modelos de análise Diplomática e Tipológica:

Documentos (1) Registro de Comparecimento 





   Regulamento pelas Resoluções do TSE nº 23.335/2011 e nº 23.366/2011, o recadastramento biométrico (cadastramento das impressões digitais dos eleitores) está sendo realizado gradativamente pela Justiça Eleitoral em todo o país, com objetivo de garantir um sistema de votação mais seguro.

   A medida  impede que uma pessoa tente se passar por outra no momento da identificação em um pleito -já que não existem impressões digitais iguais - e faz parte do Programa de identificação Biométrica do Eleitor brasileiro. Segundo dados de março de 2015, mais de 24,5 milhões de eleitores brasileiros já que estão aptos a serem identificados pelas impressões digitais nos pleitos realizados pela Justiça Eleitoral.
       

Documento (2) - Registro de Frequência
                                 

         As aplicações biométricas para o gerenciamento de recursos humanos cresce à medida que as empresas buscam melhores formas de contabilizar empregados e recursos. A biometria pode aumentar a eficiência, a comodidade e reduzir fraudes. Os sistemas de controle de presença são responsáveis pela coleta do tempo de trabalho, mas exatamente pelos horários de entrada e saída. Controle de presença por biometria são usados hoje em escolas e faculdades, fábricas, lojas, escritórios, hospitais e em muitos outros locais de trabalho. São bastante úteis nos ambientes onde os funcionários ganham por hora e onde existe o trabalho em turnos.

       No Brasil o REP (Registrador eletrônico de ponto) foi estabelecido pela portaria 1510 do MTE e será o único equipamento aceito para o registro de ponto a partir 1º Março de 2011. Para o Ministério do Trabalho e Empreso do REP ( Registrador Eletrônico de Ponto) é o "equipamento de automação utilizado exclusivamente para o registro de jornada de trabalho e com capacidade apara emitir documentos fiscais e realizar controles de natureza fiscal, referentes à entrada e à saída de empregados nos locais de trabalho". 

Pontos Analisados

  Autenticidade: A digital pode ser considerada autêntica no contexto na qual está inserida. Quando o trâmite de sua captura seguiu os procedimentos determinados em razão de uma atividade solicitada, de acordo com fundamentos que embasem a sua captura, como neste caso da determinação judicial do recadastramento biométrico da justiça eleitoral e também no caso de comprovar o dia trabalhado.


  Unicidade: No decurso da vida, não nasce nenhuma papila nova nem desaparece nenhuma. Até queimaduras e incisões não as alteram a ponto de impedir a sua identificação. Essas papilas dérmicas são únicas, pois, não existem duas impressões idênticas. “Seu corpo, sua senha.”


   Inter-relacionamento: Nos dois casos, o uso das digitais é a porta de entrada para o reconhecimento e para a obtenção de outros dados do indivíduo. Então, obviamente, a digital não atua sozinha neste contexto. Sendo uma forma mais fácil de evitar fraudes. 


      Formato: Registro datiloscópico em documento de identificação.


     Gênero: Nos dois casos podemos perceber que a biometria digital ou está inserida em um documento com gênero textual ou gerará um da mesma forma. Agora quanto a digital em si, podemos julgá-la como de gênero imagético


      Suporte: Papel e/ou ambiente virtual.


    Sinais de validação: A própria digital, com o poder de gerar outras informações e documentos, é um sinal de validação.


   Tipo: Documento 1: Registro de Comparecimento nas eleições e identificação do eleitor.
              Documento 2 Registro de Frequência para comprovação da jornada de trabalho e identificação do trabalhador.

   Função: Documento 1: Utilização da digital para registrar o comparecimento do eleitor nas eleições e identificação do eleitor, visando combater fraudes ideológicas nas votações.
                   Documento 2: Utilização da digital para comprovação da jornada de trabalho e identificação do trabalhador. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Um documento para chamar de meu

Durante a elaboração da postagem dessa semana nos deparamos com a seguinte dificuldade: Como trabalhar com a nossa escolha de espécie documental, sendo que a digital não é propriamente um documento? O nosso objetivo com essa escolha é mostrar como a digital é utilizada como comprovante de autenticidade e veracidade de um documento e a maneira como é vista considerada o mais legítimo sinal de validação. São diversas as formas de utilização da biometria para identificar alguém, criminalmente e em diferentes contextos. É por intermédio dessa análise que percebemos que a tendência é cada vez mais utilizar as digitais como um mecanismo único para facilitar a identificação e unificar várias informações em uma só “marca”. Sabendo que vários são os documentos que possuem digitais, hoje escolhemos alguns bem curiosos. No Estado de São Paulo há um instituto de Identificação que faz guarda de documentos pessoais de personalidades brasileiras conhecidas pelo grande público.
Selecionamos um exemplo e tentamos fazer o que foi pedido pelo professor, a partir da proposta apresentada por Mariano García e inspirado pelo estudo de Rosa Gonçalves.

A parte histórica da Datiloscopia está disponível no nosso blog no post "Parte histórica da Datiloscopia" e pode ser acessado no link abaixo.
http://meninasdediplomatica.blogspot.com.br/2015/10/historia-da-datiloscopia.html 




FICHA RESUMO
Denominação:
·         Ficha individual de Identificação Datiloscópica
Definição:
·         Documento que registra impressões digitais para fins de identificação criminal ou civil.
·         A coleta da impressão digital é necessária para a emissão do documento de identidade, assim como para a identificação criminal e cadavérica. Com o documento, o efetivo exercício da cidadania é assegurado, na medida em que é exigido para a prática da maioria dos atos da vida civil.
·         Já a identificação criminal visa à individualização do suspeito, evitando a detenção equivocada de inocentes. A identificação cadavérica tem a finalidade de impedir o sepultamento sem o devido conhecimento da família.
Características Internas:
·         Gênero: Textual, formulário com texto impresso e manuscrito
·         Suporte: Papel
·         Formato: Ficha datiloscópica
·         Forma: Original
Produtor:
·         Delegacia de Polícia do Estado de São Paulo;
·         Postos de identificação;
Destinatário:
·         Arquivo dactiloscópico monodactilar do Instituto de Identificação Ricardo Gunbleton Daunt , Polícia Civil do Estado de São Paulo, Secretária de Segurança Pública
·         Instituto Nacional de Identificação – INI órgão sediado em Brasília, na estrutura do Departamento de Polícia Federal.
Legislação aplicável mais relevante:
·         Decreto 4.764, de 05 de fevereiro de 1903: Dá novo regulamento á Secretaria da Policia do Districto Federal.
Art. 57. A identificação dos delinquentes será feita pela combinação de todos os processos actualmente em uso nos paizes mais adeantados, constando do seguinte, conforme o modelo do livro de Registro Geral annexo a este regulamento:
a) exame descriptivo (retrato fallado);
b) notas chromaticas;
c) observações anthropometricas;
d) signaes particulares, cicatrizes e tatuagens;
e) impressões digitaes;
f) photographia da frente e de perfil.
Paragrapho unico. Esses dados serão na sua totalidade subordinados á classificação dactyloscopica, de accordo com o methodo instituido por D. Juan Vucetich, considerando-se, para todos os effeitos, a impressão digital como a prova mais concludente e positiva da identidade do individuo e dando-se-lhe a primazia no conjuncto das outras observações, que servirão para corroboral-a.
·         Constituição Federal de 1988, art. 5º, inciso LVIII: “O civilmente identificado não será submetido a Identificação Criminal, salvo as hipóteses previstas em lei”.

·         LEI Nº 9.454, DE 7 DE ABRIL DE 1997. : Institui o número único de Registro de Identidade Civil e dá outras providências.

·         LEI Nº 12.037, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009. : Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal.

Modelos ou formulários impressos oficiais aprovados por:
·         Setor de Identificação Criminal;
·         Setor de Pesquisa Datiloscópica;
·         Setor de Perícia Papiloscópica;

Trâmite para sua expedição e vigência:
·         A Identificação Civil é requerida pela própria pessoa, que deve comparecer a uma Delegacia de Polícia ou a um Posto de identificação portando a seguinte documentação: foto 3X4 (recente, fundo claro, colorida ou preto e branco, em papel liso e brilhante); Certidão de nascimento (se solteiro), certidão de casamento (se casado) ou certidão de naturalização; CPF, PIS ou PASEP (caso o requerente deseje que constem os respectivos números na carteira de identidade), Comprovante de pagamento de taxa (a 1ª via é isenta de taxa); e Comprovante de residência.
Obs.: No caso analisado a Hebe Camargo requereu a 2ª via e por esse motivo deve ter sido cobrada taxa pelo serviço. Além disso, a apresentadora era desquitada e nesse caso também deveria conter na sua certidão de casamento a averbação do desquite.
·         Preenchimento das informações e coleta as impressões digitais na ficha datiloscópica.
·         As fichas dactiloscópicas são colhidas nas delegacias ou postos de identificação, em seguida remetidas ao instituto de identificação estadual, e este por sua vez, remete uma cópia da ficha ao arquivo central da união, localizado no Instituto Nacional de Identificação – INI sediado em Brasília, na estrutura do Departamento de Polícia Federal

Vigência administrativa do documento:
·         Permanente.

Vigência cronológica da série documental:
·         Permanente.

Conteúdo:
·         unidade requisitante (nome da unidade  e não da autoridade policial);
·         local (onde foi realizada a identificação);
·         informações pessoais: nome completo (da pessoa identificada, sem abreviações), filiação, D.N. (data de nascimento), naturalidade, RG (Registro Geral), impressões digitais (parte superior: mão direita e parte inferior: mão esquerda, seguindo a ordem natural dos dedos) e fotografia;
·         assinatura (caso alfabetizado; caso contrário o campo “não alfabetizado” desse ser assinalado);
·         informar se a identificação é criminal ou civil, sendo criminal deverá ser preenchida a infração; sendo civil, o campo “Id. Civil” deve ser assinalado;
·         no campo observações poderão constar informações referentes ao indiciado, ao procedimento de coleta ou outras informações que se consideram importantes para a identificação do apresentado.
·         no campo “Apresentante” deve constar o nome completo, cargo/RG e assinatura da pessoa que apresentou o preso;
·         no campo papiloscopista deve constar o nome do papiloscopista responsável pela coleta, bem como sua assinatura.

Ordenação da série: por número de registro, com indexação por ordem alfabética.
Séries Relacionadas: Conjunto de Fichas Datiloscópicas da Delegacia de polícia do Estado de São Paulo
Comentário Arquivístico: não há
Análise Diplomática:
Protocolo:
        Invocação:  não há
        Instituição:  Instituto de Identificação Ricardo Gunbleton Daunt , Polícia Civil do Estado de São Paulo, Secretária de Segurança Pública
        Direção: Arquivo do  Instituto Nacional de Identificação – INI órgão sediado em Brasília, na estrutura do Departamento de Polícia Federal.

Corpo:
        Disposição(layout) : campos específicos para a digital de cada dedo na parte superior; logomarca e timbre na parte superior esquerda; campos para informação de dados pessoa na parte inferior, campo para colocar foto 3x4; campo para a assinatura do identificado, visto e carimbo no canto inferior direito 
        Cláusulas Sancionativas: não há

Escatocolo:
        Data: aposta por carimbo no canto inferior direito
        Validação: contém campo para aferição do dados " Conferido por" e "Visto"

Comentário Diplomático:
Esse documento subsidia a pesquisa e confronto datiloscópico de impressões digitais de criminosos, pode ser utilizado, por exemplo, para auxiliar na identificação de vítimas de acidentes aéreos.